segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Tristeza

Muitos dizem que sua maior característica é o estado sentimental definido pela falta de alegria, de contentamento. A melancolia e o desânimo prevalecem nela.

Outros dizem que ela é simplesmente um sentimento humano. Um sentimento expressado pelo desânimo e frustração.

Ainda há aqueles que dizem que ela é amarga como uma profunda dor, ou como um sentimento de incapacidade.

Dizem que ela causa reações físicas e emocionais diversas, e que sua força e intensidade, é capaz de enlouquecer gente sã.

Existem algumas teorias sobre sua origem. Ela pode se apresentar mediante a perda de algo, de alguém, ela pode vir pra preencher seu imenso vazio e tédio. Ela pode se apresentar a você como consequência de emoções, como o medo e a desilusão.

Ela é escura como as trevas e por isso as pessoas a temem muito. Ela não faz distinção de raça, cor, origem, classe social e muito menos de idade.

Ela é um amo cruel e indecifrável, não importa a quanto tempo você a sirva, você jamais irá se acostumar com os serviços e sujeição dessa intensa relação de escravidão.

Mas como posso querer me livrar dela, se o seu Reino e mundo são as únicas coisas que conheço? Então, como posso odiá-la? Se ela foi que me concebeu, que me criou, que me degenerou?

Como posso conseguir matá-la, se ela constantemente me lembra que, independente de qualquer coisa, foi a única que esteve do meu lado - constantemente - durante esses 26 anos?

Ela é fria, egoísta, cruel e sádica, mas me deseja e me ama como nenhum ser humano já foi capaz de amar!

Como posso abandonar meu grande Amor? Não posso! E nem conseguiria ser assim - tão ingrata.

Sou eternamente sua meu amor, e sei que seu desejo intenso por mim e por me manter em suas garras, não permitirá que nada - nem mesmo a morte - nos separe.

Te amo.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Solidão

A maioria das pessoas desconhecem o real significado da palavra Solidão.

Solidão não significa tão somente estar desacompanhado. Certa obra de referência descreve a solidão como um "sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se isola mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme."

Esta descrição nos traz a mente a imagem de alguém perdido dentro de si mesmo. É exatamente isso que as pessoas solitárias são. São cheias de sentimentos vazios, muito próximas de pessoas muito distantes... Seja de presença, seja de espírito.

A solidão é um amo cruel que faz com que você esteja sozinha todo o tempo. Estar sozinha todo o tempo é difícil. E o mais difícil, é que a solidão é algo que você não, simplesmente, se acostuma. Você sobrevive a solidão, você sobrevive.

Durante todo o tempo que ela te assola, você nutre - a cabeça de uma agulha acessa de - esperança. Esperança de encontrar algo ou alguém - não necessariamente no quesito romântico - que possa fazer com que você se sinta mais "humano". Que faça com que você sinta que pertence a algum lugar, a um plano a algo.

As vezes no profundo vazio dos pensamentos e sentimentos, que a solidão nos enche todos os dias, nós começamos a devanear sobre situações diversas, numa tentativa desesperada de nos livrar da realidade fria e entediante do vazio, do só.

Nesses devaneios, frequentemente, me imagino em viagens, saídas com amigos - todos muito leais e companheiros - festas familiares em um domingo ensolarado.

Volta e meia o devaneio me deparada comigo mesma. Com minha vida, meu tédio, meu vazio, minha solidão. Normalmente, neste momento, eu devaneio sobre meu próprio funeral. Como eu gostaria que fosse, como eu gostaria de estar vestida, quem eu gostaria que estivesse lá, como seria meu caixão.

O cenário sempre é o mesmo. É numa manhã ensolarada e agradável de domingo, as pessoas estão bem vestidas e asseadas, com cabelos bem arrumados. O cemitério é um lugar bonito e tranquilo, não horripilante e macabro. Meu caixão é de metal dourado e há um quadro com uma foto minha -  a qual estou deslumbrante- ao lado dele.

O trágico e engraçado contraste é que ao mesmo tempo que eu desejo que as pessoas presentes sofram e fiquem devastadas pela minha partida, eu desejo que elas se sinta aliviadas e não se sintam mal. Eu gostaria que elas tivessem a sensibilidade de entender que no fundo do meu coração eu fiquei aliviada por ter ido.

A - minha impossível -  esperança de acordar num mundo melhor, de acordar sendo outro alguém, ter outra vida, o "E Se", faz com que a ideia não seja assim tão incoerente.

Deve ser melhor... Ou não.

sábado, 30 de novembro de 2013

Criança Má

"Não! Nós não nos importamos com que as pessoas falam, nós sabemos a verdade. Já é o bastante pra lidar com toda essa *****.

Eu não sou simplesmente uma esquisita, eu nasci com a cabeça totalmente livre e sincera. A visão real de mundo que tenho, é minha liberdade.


Eu sou uma p..., sou uma perdedora, talvez eu desista. Eu sou uma idiota, queria ter dinheiro, mas não consigo me controlar. Eu sou uma louca. Eu sou uma egoísta, eu realmente deveria ser espancada. Meus pais tentaram, até que se divorciaram porque estraguei a vida deles.


Eu sou uma criança má e irei sobreviver.

Não diferencio o certo do errado.
Eu sou uma criança má e essa é minha vida.
Eu sou uma dessas crianças más, não diferencio o certo e o errado.

Eu sou uma palerma. Jovem, rebelde e depravada e tenho orgulho disso.

Eu sou uma nerd. Sou absurda.
Eu sou tão má e eu não me importo. Eu amo quando as pessoas ficam bravas.

Eu sou uma criança má e irei sobreviver.

Não diferencio o certo do errado.
Eu sou uma criança má e essa é minha vida.
Eu sou uma dessas crianças más, não diferencio o certo e o errado.

Eu não sou uma criança típica.  

Eu sou uma criança má, como mamãe e papai me fizeram.
Eu não sou legal e você me odeia.
Eu sou uma criança má, esse é o jeito que eles me fizeram. 

Eu sou uma criança má, sou um desastre.

Eu sou uma criança má e irei sobreviver.
Uma dessas crianças más, não diferencio o certo e o errado.

Será que ainda posso ser importante pra você, mesmo sendo uma criança má?

Uma criança má."

- Minha adaptação da música "Bad Kids" da Lady Gaga

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Asleep

Você já esteve no escuro, sozinho e com medo? Com vários monstros em sua cabeça querendo te devorar? Sem poder contar ou recorrer a ninguém?

Alguns de nós - não somente - já estiveram alguma vez nessa situação, como constantemente se encontram nela. É desesperador.

Você deseja fugir de você mesmo, da sua Cidade, da sua família, do seu emprego, e principalmente dos seus pensamentos e sentimentos, que por sinal, são altamente devastadores.

É terrível não poder confiar na sua cabeça ou no seu julgamento, pela possibilidade deles estarem totalmente comprometidos em suas paranoias, manias de perseguição, inseguranças e medos.

É cansativo abrigar os sentimentos agoniantes e os trilhões de pensamentos que são cheios e diretos, mas ao mesmo tempo, confusos e vazios. Tais sentimentos que invadem nossa mente, sem a menor, consideração, respeito ou ao menos aviso.

As vezes o único momento de paz que encontramos, em meio ao caos, é o momento que nossa mente se desliga e adormecemos, totalmente exaustos da luta árdua contra todo o universo em guerra existente dentro da nossa cabeça. Sendo somente no estado de "inatividade" que nosso cérebro, nosso ser, encontra o precioso e sagrado momento de paz, que tanto ansiamos, é instintivo desejarmos não acordar mais.

É insuportável e cansativo saber que amanhã, você irá acordar totalmente sozinho dentro de você mesmo.

Eu sei exatamente como é querer morrer. Quando parece que não dá mais pra suportar o tédio e o vazio cheio de desespero, acredito, que seja até natural desejar a morte. É como se a morte fosse sua única chance de sobreviver. Mas, quando começamos a pensar seriamente na morte, no alívio que ela pode trazer, começamos a encarar a morte como ela realmente é. A morte é o total estado de inatividade!

Por mais que esse seja o estado que ardentemente desejamos alcançar, para não sermos mais atormentados pelos pensamentos, sentimentos, sensações e perseguições doentias, quando nos confrontamos com esta ideia, nos sentimos ridículos e mesquinhos por desejá-la.

Porque no fim, nós desejamos sentir e viver, nós simplesmente não conseguimos, mas desejamos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Be Good or Be Bad

Falam que o poder de decidir ser bom ou ser mau está dentro de nós, e que podemos, com certa dose de esforço e sacrifício, escolher o que iremos ser.

Será? Isso não se aplica a todos nós. A Fênix que existe dentro de mim é indomável! Posso fingir que a "controlo" quando estou em meus dias "calmos". Porém, quando ela bate o pé e decide se manifestar não há o que a segure, não há pensamento, meditação, consequência que faça meu "Ser" ter qualquer tipo de força ou poder para impedi-la!

O que torna mais difícil e complicado, tentar combatê-la, ou ao menos controla-la, é o fato de que não tenho certeza se a Fênix simplesmente "reside" dentro de mim.

Quer dizer, até que ponto posso dizer que ela ESTÁ em mim, e, não que ela SOU eu! Parece confuso, e, é mesmo! Até que ponto ela influência na minha personalidade? Até que ponto ela impulsiona meus reais desejos? Ela é, simplesmente, uma manifestação da minha doença? Quando ela começa e eu termino? Quando eu termino e ela começa? Pense, olhe, reflita. O que é melhor? O que lhe trará felicidade? Contentamento? O que é o correto a se fazer? Quem você é?

Decida. Escolha. Opte. Seja boa ou seja má! Escolha lado A ou lado B! Qual é?! Não é tão difícil assim! Você tem somente 2 opções! Faça sua escolha! Só que não. Não posso escolher. É como se você tivesse que escolher entre você e você mesma! Como se escolhe isso? Quando você não consegue discernir quais são suas reais motivações, seus reais ideias, desejos, princípios, opiniões...

Quando você não consegue saber o que realmente te motiva, te seduz, te satisfaz. Quando você não consegue simplesmente saber quem você é... Você não consegue optar simplesmente em "Be Good or Be Bad".

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Clarisse

Vocês curtem Legião Urbana?

Eu amo, em especial o último CD com músicas inéditas que se chama "Uma Outra Estação"... Foi o álbum que ele (Renato Russo) escreveu quando já estava morrendo.

Eu amo todas as músicas deste álbum, até porque elas são minha biografia, em especial a música abaixo. Parece que o Renato entrou no meu corpo e escreveu sobre mim... Ele fala em toda a música coisas que eu sinto o tempo todo... Desde os 5 anos de idade.

É complicado não ter ninguém que entenda, é complicado quando nem você mesmo entende.

Anyway, em casos como o meu, nem toda terapia e Prozac do mundo faz com que o bem estar e a "normalidade" esteja presente... Elas somente tentam te ajudar a não enlouquecer de vez em meio ao caos... Mas os sentimentos, os medos, as noias, as frustrações, a raiva, a consciência pesada, o medo, a "Fênix" autodestrutiva e impulsionadora, continuam lá... Vivos, fortes e dominadores.... E logicamente o Vazio.... O Vazio é o pior deles...

Sabe, os psicopatas matam e fazem coisas indescritíveis, porque eles não sentem absolutamente nada, eles são VAZIOS! E isso é tão desesperador que eles precisam fazer coisas trágicas pra tentar sentir algo!

Sei que é absurdo o que irei dizer (escrever), mas sinceramente eu entendo! É desesperador não sentir nada! É desesperador ser vazio. É loucamente desesperador...

Segue a letra de Clarisse:

"Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete

Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer

Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém me entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe p'rá mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar p'rá casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos

No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
De que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto

A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo resistir
E vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem quatorze anos"

- Renato Russo (Clarisse)

sábado, 12 de outubro de 2013

Viver ou Sobreviver?

Muitas pessoas acreditam piamente que a vida é uma consequência de nossas escolhas.

Se você escolhe se esforçar, estudar, planejar o futuro, se empenhar nos projetos traçados e ter a coragem de encarar novos desafios, provavelmente você colherá os bons frutos do seu esforço. Ao passo que se você for uma pessoa acomodada, que não se empenha em alcançar novos objetivos, que não se esforça em alcançar seus alvos, que nem aos menos possui alvos, você se torna um fracassado.

Mas é uma questão de escolha, certo? Você tem todo o "poder", os meios e principalmente a liberdade para decidir se será um sucesso ou um fracasso, certo? NÃO! Isso não é verdade! Lembrando que o conceito de bem sucedido que quero trazer, é aquele o qual a pessoa pode dizer que tem uma vida satisfatória, dentro das condições mundiais atuais. É a pessoa que sabe o que quer, sabe no que acredita, tem uma visão razoavelmente clara sobre temas como Amor, Família, Alegria. Uma pessoa que sabe exatamente quem é, e sabe aonde quer chegar. Que sabe aonde esteve e aonde está.

A questão financeira, no tema em questão, não é de grande peso. O ponto o qual quero chamar a atenção é o fato de que algumas pessoas ao invés de viver, elas somente sobrevivem, e não, não é uma opção delas. O fato é que sobreviver é a única opção que elas tem. Alguns de nós, jamais teve a chance de ter alvos, planejamento, futuro.

Alguns de nós, nasce com um desequilíbrio mental o qual nos aprisiona e limita para sempre. As pessoas ao redor não entendem muito bem isso, porque aparentemente somos "perfeitos" com todos membros do corpo, todos os sentidos apurados e normalmente temos uma inteligência e percepção "acima da média". Mas ao mesmo tempo não temos controle emocional, racional sobre nós mesmos e nem sobre as situações cotidianas. E não, não é uma questão de se esforçar pra mudar, se esforçar pra ser mais centrado, se esforçar pra melhorar.

Não é uma questão de esperar um futuro melhor e que o amanhã será diferente, porque nós sabemos que não será! Amanhã estaremos na mesma situação, com os mesmo medos, as mesmas dúvidas, as mesmas raivas, com a mesma solidão. E não é uma questão de tratamento. O tratamento para nós nos traz ,DE VEZ EM QUANDO, um ponto de equilíbrio em meio ao caos, porém temos plena consciência que não há Prozac e nem terapia no mundo que nos fará chegar perto das oportunidades e escolhas que aqueles que vivem possuem. Por que nós só temos o direito de tentar sobreviver, e é isso que com muito sofrimento, súplica e esforço, nós tentamos fazer.

domingo, 29 de setembro de 2013

Darth Vader o Instável


Eu achei super bacana um artigo que li na Revista Super Interessante sobre um dos mais complexos Transtornos de Personalidade, o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) - Também conhecido como Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL) -

Achei muito interessante, porque, além de possuir tal transtorno, a analogia feito no artigo, aloca as informações de tal forma, que torna fácil o entendimento e compreensão. Em especial para os amantes da saga Stars Wars.

Segue o artigo:

Darth Vader-

"O vingador intergalático era desajustado em tudo: relacionamentos, autoimagem, afeto, comportamento. E teve o mesmo fim que 10% dos com transtorno borderline - o suicídio.

Há muito tempo, numa galáxia muito distante, um borderline foi responsável por uma saga sem precedentes, que mexeu com repúblicas e impérios e concretizou a maior das profecias: acabar com a raça siths. Um artigo publicado na revista Psychiatry Research afirma: Anakin Skywalker, o herói-vilão de Guerra nas Estrelas, atende a 6 dos 9 critérios para o transtorno de personalidade borderline ("limítrofe", em inglês). E o artigo vai além: o fato de o distúrbio ser mais comum entre adolescentes ajudaria a explicar o sucesso da saga.

O paciente oscila rapidamente entre ver tudo preto e tudo branco: ora adora, ora detesta alguém; ora está muito satisfeito, ora entre em desespero e é tomado pela raiva. Embora seja fácil fazer confusão, isso é bastante diferente do transtorno bipolar, marcado por um episódio de depressão aqui e outro de euforia ali, intercalado por períodos normais.

O borderline exige que as pessoas estejam sempre lá para lhe darem atenção. Uma hora está carente. Depois, vira um vingador inveterado. Para completar, pode ter um sentimento crônico de vazio, ficar terrivelmente entediado e querer morrer. Isso exaure parentes, amigos e colegas, bloqueia talentos e, por fim, leva 10% ao suicídio.

Nem mesmo a Força- a energia existente em todas as coisas vivas e que tão bem aceitou Anakin na sua transformação de garotinho difícil no mais poderoso cavaleiro jedi de todos os tempos - conseguiu controlar sua instabilidade. Desde a infância, garoto lá pelas bandas desérticas de Tatooine, Anakin era um impulsivo inveterado e tinha grande dificuldade para controlar sua raiva, alternando constantemente sentimentos de idealização e depreciação. Quando algo que queria era ameaçado, ou ferido, sai de perto. Tanto que, logo após a morte de sua mãe, Anakin, teve de exterminar toda uma tribo de tuskans.

Só que, mais do que impulsividade e instabilidade, o que marca o borderline é a crise de identidade. O tempo todo Anakin se questionava sobre quem realmente era. E, ao longo da saga, isso fica mais grave. Anakin migra para as forças do mal, vira Darth Vader e só deixa de encarnar o perfil de maior vilão das galáxias ao ver o filho agonizar na sua frente. É quando novamente troca as trevas pela luz e decide morrer como bom moço. Quer mais crise de personalidade?"