terça-feira, 24 de junho de 2014

Empatia

Bob Hoffman descreveu a empatia como sendo a resposta afetiva apropriada à situação de outra pessoa.

Já a psicologia vai um pouco mais além e entende a Empatia como uma forma de inteligência emocional que pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva -relacionada à capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva - relacionada à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia.

Ou seja,  falando de forma direta e objetiva a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. De entender o outro, de racionalizar como agiríamos se estivéssemos no lugar da pessoa, levando em conta todo o universo de coisas que giram em torno da situação e emoções DELA. Desta forma conseguimos ter uma atitude altruísta e de compaixão. 

Eu acredito na empatia e no altruísmo, até porque, a bíblia destaca estas qualidades e incentiva os cristãos a cultivá-las. Mas, eu me pergunto como uma pessoa pode genuinamente se colocar no lugar de outra? Como alguém pode se colocar genuinamente no meu lugar?

A questão é que todos nós sofremos com as influências da nossa infância, e é por isso que ninguém conhece, e nem pode realmente entender completamente outra pessoa.

Quer dizer, como podemos conhecer a dor de infância de outra pessoa? Como podemos nos colocar no lugar dela? Realmente tentar sentir suas dores e tentar entender suas ações, se jamais saberemos tudo o que ela carrega consigo?

Acredito que meditar nestas respostas seja o primeiro passo para se cultivar a empatia. Aceitar que não temos o direito, e muito menos a capacidade de julgar qualquer um que seja por qualquer motivo que seja.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Partes de Mim

É muito complicado - especialmente pra mim - falar sobre minha personalidade, me definir...  Até porque, eu sou uma mistura de alguma coisa com coisa nenhuma.

Algumas pessoas - a maioria - que acompanham meu blog, não me conhecem pessoalmente, então a visão que estas pessoas tem de mim são feitas totalmente com base no que eu escrevo.

Analisando meus textos, a conclusão mais óbvia que a pessoa chega, é a de sou uma maníaca depressiva (no mínimo), e isso é algo totalmente compreensível.

E realmente uma parte de mim é super melancólica, uma parte de mim tem um contentamento mórbido na tristeza. Muitas pessoas tem a ideia que sou uma pessoa totalmente problemática, depressiva e triste.

Não posso mentir, um pedaço de mim realmente é, mas também existe um pedaço meu carismático, simpático, animado, entrosado, espontâneo, elétrico, divertido, irreverente e magnético, que atrai muitas pessoas até mim. Este lado me domina em muitas situações e em muitos dias também.

Mesmo aos que me conhecem mais a "fundo" - e sabem que existem algumas "versões" de mim - eles param para falar comigo, fazem até questão nestes meus bons momentos. Acredito eu, que isso se deve porque nestes momentos, dentro deste meu pedaço eu as divirto, as atraio, as encanto.

Existe um pedaço meu tão consciente e responsável, um pedaço que sabe que não importa o que aconteça eu preciso acordar todos os dias e seguir adiante, não importa o quão temerosa e acabada que eu esteja, eu preciso (e vou) trabalhar, pois tenho muitas responsabilidades, as quais são minhas e de mais ninguém. E também existe aquele pedaço imediatista que só responde a impulsos e a perigos, além de me expor a viver no limite.

Existe um pedaço meu tão leal, bom e abnegado que enche os olhos de muitos que me tem - ao menos no primeiro momento - como amiga, mas também existe aquele lado psicótico, assustador, sufocante e as vezes até mesmo infiel.

Tenho meu pedaço carinhoso e amável, sensível e carente, e tenho também meu lado raivoso, grosseiro, agressivo, que me fez a algumas semanas atrás provocar uma briga com 2 pessoas que nunca vi na vida, com o desejo que a situação saísse do controle para que houvesse confronto físico.

Todos estes aspectos formam o que eu sou. Formam a minha personalidade. Eu sou um mix, um tipo de híbrida, uma mistura.

Infelizmente a ciência ainda não conseguiu um remédio ou tratamento para a cura de distúrbios de personalidade.Seria ótimo se conseguissem, assim haveria cura para Borders, Psicopatas entre outros.

Mas independente do pedaço de mim que me domina no momento, ou que me dominará amanhã ou na semana que vem, o meu conceito continua o mesmo: Gostaria de ser compreendida e que as pessoas simplesmente me amassem como a híbrida que sou. Que elas me amassem, me amassem, e me aceitassem.

Porque a soma de todos estes pedaços, formam o que eu sou.