segunda-feira, 1 de junho de 2015

Monólogo Ride (1º e 2º Parte)

"1º Ato: Eu estava no inverno da minha vida, e os homens que conheci pela estrada foram meu único verão. À noite eu adormecia com visões de mim mesma dançando, rindo e chorando com eles. Três anos em uma turnê mundial sem fim, e minhas memórias deles eram as únicas coisas que me sustentavam, e meus únicos momentos felizes de verdade.

Eu era uma cantora, não muito popular, eu tinha o sonho de me tornar uma bela poetiza – mas por uma infeliz série de eventos eu vi aqueles sonhos riscados e divididos como um milhão de estrelas no céu da noite, que desejei de novo e de novo – brilhantes e quebradas. Mas eu realmente não me importei porque sabia que era necessário conseguir tudo que você sempre quis e então perder para saber o que a liberdade realmente é.

Quando as pessoas que eu conhecia descobriram o que estive fazendo, como eu estava vivendo – me perguntaram o porquê. Mas não há razão em falar com pessoas que tem um lar. Elas não tem ideia do que é procurar segurança em outras pessoas, já que lar é onde você descansa sua cabeça.

Sempre fui uma garota incomum. Minha mãe me disse que eu tinha uma alma de camaleão. Sem senso de moral apontando para o norte, sem personalidade fixa, apenas uma indecisão interior tão extensa e tão ondulante quanto o oceano. E se eu disser que não planejei para que tudo fosse desse jeito, estaria mentindo. Porque nasci para ser a outra mulher - que não pertencia a ninguém, que pertenceu a todo mundo, que não teve nada, que quis tudo com uma vontade por cada experiência e uma obsessão por liberdade que me aterrorizava a ponto de não poder sequer falar sobre isso. E me levou a um ponto de loucura onde tanto me deslumbrava quanto me deixava tonta.

2º Ato: Toda noite eu costumava rezar para que pudesse encontrar meu pessoal – e finalmente encontrei – na estrada aberta. Não tínhamos nada a perder, nada a ganhar, nada que desejávamos mais – exceto fazer de nossas vidas uma obra de arte.

VIVA RÁPIDO. MORRA JOVEM. SEJA SELVAGEM. E SE DIVIRTA

Eu acredito no país que a América costumava ser. Acredito na pessoa que quero me tornar, acredito na liberdade da Estrada aberta. E meu lema é o mesmo de sempre. Acredito na gentileza de estranhos. E quando estou em guerra comigo mesma – dirijo. Apenas dirijo.

Quem é você? Você está em contato com todas as suas fantasias mais sombrias? Você criou uma vida para si mesmo onde é livre para experimentá-lo? Eu sim. Sou louca pra caramba. Mas sou livre."