E essa
vontade louca, quase beirando ao desespero, de jogar tudo pro alto e ir andando
pela estrada sem destino, mas com uma pressa emergencial de chegar....
Chegar
aonde você pertence... Chegar ao lugar que pertence a você... Chegar aonde
reside, não seu próximo, mas os seus semelhantes.
Chegar no
seu tempo e espaço e conseguir jogar os sapatos pro alto e sentir o chão sem
medo dos cacos de vidro e pedras que possa existir e lhe machucar.
Chegar ao
topo da montanha e sentir o ar puro e fresco acariciar seu rosto e lhe susurrar
que agora sim está tudo bem...
Chegar ao
lugar que enfim você possa respirar... Chegar ao lugar aonde eu deveria ter
visitado em minha infância, mas como em tudo na minha vida a que eu tinha
direito, foi-me negado.
Chegar
agora... chegar tarde... chegar jamais.
Enfim... Chegar,
sentar e descansar a alma dos sentimentos.