As vezes várias partes de mim querem me direcionar - ao mesmo tempo - a caminhos tão distintos e contraditórios, que mesmo que eu quisesse, não conseguiria atender a todos.
Essas partes, essas vozes, acreditam em coisas distintas, mas todas elas me cobram e me questionam as mesmas coisas... As vezes você se submete a aceitar alguns tratamentos inadequados de amigos... de parceiros... de colegas... Até quase o insuportável e o ultrapasse do insuportável... Sei que as pessoas no geral não entendem, elas realmente não entendem que mesmo você repudiando tudo isso, nada, NADA, é pior do estar sozinha.
É complicado quando uma pessoa chega no nível de falar consigo mesma, por meio de um blog... por meio de um gravador no celular, e usar isso de alguma forma pra não se sentir tão sozinha. É patético na verdade.
É tedioso - com um T bem grande pra você - sentir as mesmas coisas sempre e nunca saber lidar com elas. É como se você fosse um anjo residindo num mundo de demônios, e somente eles, possuem o antídoto que você precisa. E você está destruída e com medo, e acaba fazendo o que é preciso fazer pra sobreviver.
Algumas pessoas recorrem as drogas - incluindo o álcool e as comilanças- como uma forma de antídoto, como uma forma de aliviar a dor inexpressível do nada... do vazio. Estas práticas não são saudáveis, e longe de mim incentivar alguém a recorrer a qualquer tipo de vício para tentar preencher um vazio - que sabemos que é impreenchível -, mas até que ponto podemos condenar alguém por tentar anestesiar o insuportável?