Tenho pensado muito nele ultimamente, e quanto mais eu penso, mais eu não sei o que pensar.
Por vezes o vejo grande, forte, evoluído, decidido, capaz... Por vezes o vejo pequeno, fraco, mancando sempre entre os mundos dos que lhe rodeiam por medo de expor os componentes do seu próprio mundo e talvez não ser aceito ou amado.
Por vezes vejo o imenso potencial nos seus poros, mente e coração, e o admiro muito! Por vezes me revolto com a omissão que corre tão intensamente em suas veias, o impedindo de se levantar, se posicionar, se mostrar. De defender quem ele é, no que acredita.
E a partir daí a confusão fica mais intensa, porque acredito que nem mesmo ele sabe quem é ou no que acredita, e que mancar no mundo de todos ao redor e ser um pouco como cada um deles, faz com que ele se sinta seguro e confortável... Afinal, requer coragem descobrir quem somos e mais coragem ainda mostrar aos outros... Há riscos: E se houver conflito? E se houver rejeição? E se não houver apoio? E se não houver admiração? E se não houver amor? E se não houver ninguém?... E se esse for o caso, como eu saberia quem ele é?
Nesse ponto meu coração se parte... Talvez porque eu consiga ver claramente quem ele poderia ser, quantas oportunidades, quantas sábias escolhas poderia ter. Talvez porque parte de mim acredita que ele não tem ideia do quão incrível é, e criou um sistema triste de autopreservação aonde não existe real vínculo com absolutamente ninguém, e que com cada pessoa esse sistema cria uma adequação da capa dele para reconhecimento e aceitação alheia. Um sistema que não permite que ele construa os próprios espectros do seu mundo.
Talvez meu coração se parta com a possibilidade de nada disso ser real e somente uma vã tentativa minha de vê-lo diferente de quem ele realmente é!
Mas eu tenho pensado muito nele ultimamente, e quanto mais eu penso, mais eu não sei o que pensar...
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