segunda-feira, 2 de julho de 2018

Promessas

Promessas... Promessas... Foram tantas... são tantas...

Durante toda nossa vida fazemos promessas, e elas são feitas a nós. O problema é que geralmente a maioria das pessoas não tem ideia do que estão falando quando prometem algo a alguém.

Cá eu aqui novamente passando pela dor do abandono, é verdade eu nunca aprendo... Não sei se o que me deixa mais mal, se é a dor da rejeição, ou o fato de eu ainda não saber lidar com essa merda e ainda acreditar que de alguma forma eu possa fazer parte de algo, realmente ser necessária e quista.

Depois do ocorreu comigo em 2014 algo dentro de mim mudou, não sei ao certo como e o que, mas algo aconteceu, e eu criei uma certa barreira mínima, frágil, vagabunda, podre mesmo - mas criei vai - com relação ao tópico que é mais sensível para mim, que é meu calcanhar de Aquiles - AMIZADE.

Então de certa forma eu me afastei muito de algumas pessoas que amo e comecei a ter amizades "casca de ovo" com o intuito, creio eu, de proteger o 1% de sanidade que me restou. Eu não tinha mais as mínimas condições de ser abandonada de novo, não naquele momento, aquilo dependia - literalmente - minha vida.

Porém um grupo pequeno de pessoas - em especial - cuidou muito bem de mim nesse período difícil, se aproximaram, se mostraram tão empáticas e simpáticas, começaram a ler, pesquisar e se inteirar sobre minha doença, me disseram que ia ficar tudo bem, que elas estariam ao meu lado... Aquilo pra mim foi refrigério... O problema é que aquilo para mim foi muito mais que isso... Para mim foi uma promessa solene, um juramento, de que pelo menos por elas eu não seria abandonada novamente. Eu tentei, eu juro que tentei não acreditar, não me apegar, não precisar.

É logico que isso não aconteceu. É logico que eu acreditei que tinha achado finalmente, acreditei que era real. O que será que fiz de errado dessa vez? Eu tentei, ser uma boa amiga, escrevi cartas a elas, as fiz rir, tentei ser presente quando soube que havia algum tipo de sofrimento, expressei e reafirmei meu afeto, me coloquei a disposição ... E simplesmente foi colocada de lado e jogada no lixo como se não fosse nada. Tentei diversas vezes falar para mim mesma: "garota vai com calma, é essa doença maldita que faz com que você veja e sinta as coisas distorcidas..." Mas a frieza e distância começaram e a ficar insuportáveis, e ai eu fiz o que costumo fazer de melhor (ou pior), ser sincera, expor meus sentimentos, perguntar o porquê... Não saber o porquê me tortura sabe...

Infelizmente, eu nunca tive e acredito que nunca terei uma resposta satisfatória a essa questão... Meus sentimentos mais uma vez foram minimizados e ridicularizados... "Ah é muito mimimi" Ahh se as pessoas soubessem como esse Mimimi dói.